Click here for a free menu maker ! Engenharia Ambiental: Entrevista com um Engenheiro Ambiental

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Entrevista com um Engenheiro Ambiental

Em tempos de consciência ambiental, um curso universitário, criado há poucos anos no país, surge como uma das novas opções no mercado de trabalho.
A Engenharia Ambiental tem como maior desafio integrar o homem com a natureza. Na reportagem de hoje da série Profissões você vai ver quais são as áreas de atuação e saber do valor que os futuros engenheiros ambientais terão no mercado.
Prevenir desastres. Recuperar estragos. Apontar alternativas. Esses são os caminhos que estudantes procuram no curso de Engenharia Ambiental. O desenvolvimento sustentável, integrando o homem à natureza é a maior preocupação deles.
“Muitas profissões podem garantir o futuro, mas só a Engenharia Ambiental vai garantir o futuro das futuras gerações”.
O mercado de trabalho é promissor. Mesmo no primeiro ano de faculdade, os estudantes já conseguiram estágios. Profissionais formados podem ganhar de R$ 1.300,00 a R$ 8 mil em cargos de Gerência Ambiental. Estagiários recebem de R$ 200,00 a R$ 400,00 por mês.
O aumento da consciência de preservação e das exigências do mercado, principalmente de exportações, têm criado cada vez mais oportunidades de trabalho para um engenheiro ambiental.
“O próprio mercado externo exige que mesmo que uma empresa esteja no Brasil, ela tem que atender como se ela estivesse produzindo onde está sua matriz. Então, a questão ambiental se globalizou. Ela foi uma globalização antes da globalização”.
Em todo o Brasil existem apenas 33 faculdades de Engenharia Ambiental. Bem antes da criação dos cursos de Engenharia Ambiental, um engenheiro químico virou especialista no destino de resíduos. Na área há mais de 10 anos, Cláudio sabe o valor que os futuros engenheiros ambientais terão no mercado. “Eles estão disputados no mercado por grupos industriais. É o profissional hoje mais procurado no meio industrial”.
Acesse o site do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), para obter mais informações sobre estágios e cursos na área de Engenharia Ambiental. Depois da reportagem apresentada, o site do Jornal Hoje mostra uma entrevista com um profissional da área.
Fernando Luiz Diehl é diretor do Centro de Ciência e Tecnologia da Terra e do Mar, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Santa Catarina, e coordenador do curso de Engenharia Ambiental. Fernando está organizando o primeiro evento brasileiro que vai reunir acadêmicos e profissionais da área de Engenharia Ambiental no Brasil.
Jornal Hoje:O que faz um engenheiro ambiental?
Fernando: Engenharia Ambiental é uma profissão muito nova no mercado. Ela foi criada para atender a uma demanda das empresas, preocupadas com o meio-ambiente. Na virada do século, setores produtivos tiveram que atender às novas exigências ambientais. Empresas como a Petrobras, Shell são preocupadas com o meio ambiente. Os engenheiros ambientais atuam nessas empresas. O engenheiro ambiental lida com a matéria-prima, da exploração até o processamento. O engenheiro ambiental também é o profissional que está preocupado com a imagem de “marketing verde” da empresa.
Jornal Hoje: Quando o curso foi criado no Brasil?
Fernando: O curso, como graduação, foi criado em 1995. Antes, o curso era preocupado com o saneamento básico. Com as novas demandas do mercado, o engenheiro ambiental tem hoje outras ações. O curso passou a incluir disciplinas que se preocupam com gestão ambiental. Daí vem o engenheiro ambiental.
Jornal Hoje: Você se formou em Engenharia Ambiental?
Fernando: Não. Eu me formei em Oceanografia. Não sou engenheiro. Por causa da minha formação, fui chamado para criar o curso de Engenharia Ambiental em Santa Catarina, na Universidade de Itajaí. De 1997 a 1999, cinco cursos foram criados. Isso só em Santa Catarina. O curso é uma demanda, uma expectativa de mercado.
Jornal Hoje: O curso é reconhecido pelo MEC?
Fernando: É reconhecido pelo MEC, sim. O Ministério de Educação estabeleceu uma grade curricular mínima. A partir daí os cursos são formados, baseados no espelho mínimo. No início, o currículo era respaldado pela engenharia sanitária. Depois, começou a dar mais espaço à gestão ambiental. Os cursos passaram a incluir disciplinas que se preocupam mais com o meio-ambiente.
Jornal Hoje: Qual é a sua formação?
Fernando: Me formei em Oceanografia. Fiz mestrado em Gestão de Recursos Naturais e doutorado em Geociência, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS.
Jornal Hoje: Qual é a sua atuação na Engenharia Ambiental?
Fernando: Eu atuo na área acadêmica. Monto cursos e, com isso, formo profissionais para atuar em empresas e dar aulas. Formo os profissionais dentro de uma base científica e com experiência no setor produtivo (setor de petróleo, de energia...). Estou organizando o 1o Simpósio Brasileiro de Engenharia Ambiental, que vai acontecer, do dia 28 de abril ao dia 1o de maio, na Universidade do Vale do itajaí. A universidade fica na rua Uruguai, 458 - CEP: 88302-202 Itajaí, Santa Catarina. O telefone é (47) 341- 7633.